"Está tudo bem logo você vai levar seu bebê para casa".
Não! Não está tudo bem!
Não foi assim que você imaginou.
Você queria sair do hospital com seu bebê nos braços, levá-lo para casa.
Você está triste, mas as pessoas não entendem e diminuem a sua dor.
Só você sabe o confronto diário que tem com a incerteza.
A escuta terapêutica é primordial para essa mãe, para esse pai, para essa família.
Acontece o que não se espera, tudo antes do tempo.
Nada e nem ninguém preparado.
Como se não bastasse, a nova família tem que lidar com a possibilidade de morte e de algum tipo de comprometimento de desenvolvimento.
O medo é constante..Ansiedade, tristeza, raiva, desamparo também estão presentes.
O bebê real é tão diferente do que tinha imaginado..
Muita coisa acontecendo em pouco tempo, não é mesmo?
Neste momento, o acompanhamento psicológico é muito importante.
Você poderá expressar tudo que pensa e sente sem julgamento, será acolhido na sua dor e você aprenderá a lidar com todo o contexto único e individual que estará vivendo da melhor forma possível.
Sentimentos de medo, angústia, impotência, ansiedade, inconformação, raiva, culpa e depressão são reações frequentes em mães prematuras.
O papel do psicólogo é ajudar a recém mãe a lidar com essa nova realidade tão diferente da sonhada e idealizada.