Ser ou não ser mãe, eis a questão.
Muitas vezes a mulher nem sabe se realmente quer ser mãe, mas o relógio biológico força as mulheres a escolher, muitas vezes a escolha de ser mãe é feita por medo de ser tarde demais, mais do que pelo desejo de ter um filho.
É difícil, porque o tempo não para, mas para nós mulheres, essa decisão é cruel.
Nosso corpo tem validade para sermos mães.. se ficarmos esperando a certeza do querer pode ser tarde demais...
E o arrependimento? E a culpa de ter esperado tanto e agora nunca mais experimentar a sensação de ter um bebê no ventre..
"Por um lado, a alegria de ter filhos. Por
outro, o sofrimento. Por um lado, a liberdade de não ter filhos. Por outro, a falta de nunca tê-los mas o que temos a perder?"
Sheila Heti
A terapia pode desempenhar um papel crucial no planejamento familiar ao fornecer um ambiente seguro e de apoio para que os indivíduos possam explorar suas opções, metas e preocupações relacionadas ao planejamento familiar. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a terapia pode ser benéfica nesse contexto:
Apoio emocional e psicológico : A decisão de planejar uma família pode ser emocionalmente desafiadora. A terapia oferece um espaço para discutir e processar emoções, ansiedades e medos associados ao planejamento familiar.
Comunicação eficaz : Terapia pode melhorar a comunicação entre casais ou parceiros, ajudando-os a discutir suas expectativas, desejos e preocupações em relação ao planejamento familiar. Isso é fundamental para tomar decisões informadas e garantir que ambas estejam na mesma página.
Avaliação das metas e valores familiares : A terapia pode ajudar os indivíduos a explorar suas metas pessoais, valores e preocupações sobre a família, o que é essencial para tomar decisões conscientes sobre o planejamento familiar.
Exploração de opções contraceptivas : Terapeutas podem fornecer informações sobre diferentes métodos contraceptivos, discutir suas vantagens e desvantagens, e ajudar os indivíduos a decidir qual método é mais adequado para eles, levando em consideração suas orientações e preferências.
Suporte na decisão de conceber ou adotar : Para casais ou indivíduos que estão considerando a concepção ou a adoção, a terapia pode oferecer suporte durante esse processo de decisão, ajudando a lidar com as complexidades emocionais e práticas envolvidas.
Lidando com dificuldades de concepção ou infertilidade : Se um casal está enfrentando dificuldades para conceber, a terapia pode fornecer apoio emocional e estratégias para lidar com o estresse, a ansiedade e as emoções associadas à infertilidade.
Preparação para a parentalidade : A terapia pode ajudar a preparar futuros pais para a responsabilidade da parentalidade, abordando questões como a dinâmica familiar, mudanças no relacionamento e habilidades parentais.
Apoio durante a gravidez e pós-parto : A terapia pode ser benéfica durante a gravidez e após o parto para lidar com mudanças físicas, emocionais e relacionais, bem como para ajudar a gerenciar o estresse e a ansiedade associada à parentalidade.
Em suma, a terapia pode desempenhar um papel fundamental no auxílio ao planejamento familiar, fornecendo suporte emocional, orientação e informações fáceis para que os indivíduos possam tomar decisões informadas e saudáveis em relação à formação e expansão de suas famílias.
Escutamos falar em arrependimento de não ter filhos, mas será que existe arrependimento em tê-los?
Quando falamos com mães normalmente a maternidade é sinônimo de felicidade, realização, amor, alegria.
Mas e as mães que sentem o contrário?
Frustração, impotência, raiva e decepção...
Essas mães são caladas, a sociedade não permite sentimentos diferentes a plenitude em relação aos filhos.
Não podem desabafar e nem compartilhar seus reais sentimentos.
São julgadas!
Nesse momento sim, mulheres desejam voltar atrás e fazer diferente, ou seja, não ter filhos.
Esse assunto ainda é tabu, por uma lado mães acham inadmissível e outras ao escutarem o assunto, aliviadas.
Será que as mulheres são tão reprimidas culturalmente que nem pensam sobre isso? Medo de admitir?
E quando falam: " Deus me Livre ter mais um filho." Será que tem relação com arrependimento?
Há uma cobrança da sociedade em termos filhos.
Quando casamos, quando você ficará grávida?
Quando engravida, quando terá o segundo?
Como se houvesse um script a ser seguido para ser feliz.
Muitas mulheres não sabem o real motivo que a fizeram querer ser mãe.
"Não pensei, se pensasse não teria".
"Todos as amigas eram mães".
"Já estava casada, a próxima etapa era essa."
A maternidade como qualquer outra decisão precisa ser pensada e planejada sim, por que não?
Ela envolve mudanças na vida desse casal principalmente dessa mulher.
Precisamos trazer a reflexão que nós somos responsáveis pelas nossas escolhas e quem irá lidar com as consequências será você.
Ok que sua mãe queira ser avó, mas a mãe dessa criança será você.
É sua vida, suas escolhas.
Assuma a responsabilidade por isso.
Reflita, pondere, discuta.
Essa é sua vida e seu futuro para você delegar algo tão importante ao outro.
Descobrimos que não somos donas do nosso tempo, espaço, vontade.
Ficamos horas ninando com braço dormente, ou não nos mexemos nem para ir ao banheiro com medo dele acordar, ou ainda ficamos sem dormir olhando se o bebê está bem.
Como volto a ser eu?
Como tenho minha vida de volta?
Perguntas que muitas mulheres que se tornaram mães fazem.
São tantas novidades e responsabilidades que o foco vai todo para o bebê e a mãe/mulher se perde.
Querer que a vida volte como era antes não vai acontecer até porque você já não é mais a mesma.
O momento é novo, de transformação.
A necessidade agora é de se adaptar em todos os sentidos.
E para você se reencontrar, você precisa de tempo.
Como ter tempo?
A sobrecarga da Maternidade é diária.
Isso normalmente acontece quando não há uma confiança no companheiro para cuidar do bebê, provavelmente achando que ele vai fazer errado, não vai alimentar direito ou dar banho da forma certa.
Há grandes chances dele não fazer do seu jeito, mas ele vai encontrar o jeito dele de cuidar do filho de vocês.
Abrir mão desse controle pode ser complicado no início, sensação de vulnerabilidade, desconforto, mas o alívio aparecerá depois que a apreensão é superada.
E nesse caso todos ganham.
Não precisamos nos anular, porque nos tornamos mães.
Como cuidar do outro se não estamos bem, se não estamos felizes ou nos sentindo completas?
O importante é se cuidar e pedir ajuda sempre que precisar, este é o primeiro passo para que volte a se sentir você mesma!